Com apenas 13 anos começou a ajudar
mendigos, enfermos e desvalidos. Consagrou-se como religiosa na Congregação da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. Ao voltar para a Bahia, dedicou
uma vida inteira à assistência aos menos favorecidos.
Dia 26, próxima
segunda-feira, será uma data muito especial para os que conhecem e admiram a sua
trajetória: Irmã Dulce faria cem anos. As comemorações em homenagem ao
centenário começam no domingo, 25, com uma grande missa campal, no Santuário da
Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador. Neste mesmo dia
se encerram as filmagens da cinebiografia sobre a freira que ficou conhecida
como o “Anjo bom da Bahia”. Durante 40 dias uma equipe com mais de cem pessoas
se instalou na cidade para as filmagens do filme “Irmã Dulce”, que tem previsão
de estreia para o final deste ano. O material para download está disponível no
site
http://www.agenciafebre.com.br/fotos-de-divulga%C3%A7%C3%A3o-2
Estrelado
pelas atrizes Bianca Comparato e Regina Braga, o longa é dirigido pelo premiado
diretor Vicente Amorim (“Um Homem Bom”, “Corações Sujos”, “2000 Nordestes”,
“Caminho das Nuvens”) e produzido por Iafa Britz (“Se eu fosse você”, “Nosso
Lar” e “Minha Mãe é uma Peça”), da Migdal Filmes. Bianca vive Dulce na juventude
– período em que seu ativismo social e sua luta pelos miseráveis cresce em meio
ao preconceito e à desconfiança da sociedade.
- Os temas que esse filme
traz a tona são de uma atualidade assustadora. Os dias de hoje estão muito
violentos, tensos, então os ensinamentos deixados por Irmã Dulce, através de
suas ações, nos mostram que se houvesse mais amor tudo seria mais fácil. Esse
ano Irmã Dulce completaria cem anos, pra mim, sua obra nunca esteve tão viva. O
que ela deixou é eterno. Ela é o milagre! - diz a atriz Bianca
Comparato.
Já a consagrada Regina Braga vive Irmã Dulce a partir da
maturidade, quando, embora já admirada por suas ações, continua a enfrentar
resistência à sua forma de atuar, inclusive dentro da própria Igreja.
-
Interpretar Irmã Dulce foi uma experiência transformadora para mim. Estou
encantada com a força desta mulher. Certo dia, questionei o Vicente (Amorim,
diretor) sobre qual seria a melhor maneira de retratar Irmã Dulce e ele
respondeu dizendo que não estamos fazendo um retrato, mas sim uma pintura. E eu
espero que todas as pessoas enxerguem, assim como eu, a importância desta mulher
que viveu inteiramente para o próximo - afirma Regina.
Tendo como
ferramentas a determinação e o amor, Irmã Dulce construiu uma obra social sem
igual no Brasil, com creches, hospitais e centros educacionais. A freira
impressiona por sua capacidade de conviver com todos os credos e todas as
classes sociais, dos poderosos aos marginalizados.
- Escrever ‘Irmã
Dulce’ foi uma experiência... estranha. Já escrevi muitas biografias, mas em
determinadas cenas de ‘Dulce’ eu mal conseguia teclar - eu me emocionava
enquanto escrevia as cenas! Isso nunca tinha me acontecido antes. E quando
terminei, completamente tomado pela força do Ato final do roteiro, tive a
certeza de que havia sido honesto com a jornada dela – meu norte, assim como o
dela, foi o coração – conta o roteirista L.G Bayão.
Com um perfil de uma
mulher quase subversiva na sua ação, capaz de quebrar paradigmas pelo seu amor
ao outro, Irmã Dulce lutou contra todo tipo de preconceito. Foi beatificada em
2011 e segue o processo de canonização que pode torná-la a primeira santa
brasileira. Mas, na terra de Todos os Santos, ela cruzou as fronteiras
religiosas, sendo respeitada e venerada por toda a população. Suas ações e
capacidade de mobilização impactaram gerações, a despeito de credos ou mesmo da
falta deles. Em 1988 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho
incansável às populações carentes.
- “Irmã Dulce” será um filme carregado
de emoção e, ao mesmo tempo, profundo e atual na sua discussão das contradições
da sociedade brasileira e também das nossas qualidades definidoras: fé, alegria
e obstinação. Já o poder da personagem Dulce garante um filme de enorme
relevância artística: um filme sobre a ordem, o caos e o que surge deste
encontro - afirma o diretor Vicente Amorim.
- Fazer um filme sobre Irmã
Dulce é uma grande responsabilidade. O que eu não imaginava é que seria também
uma grande felicidade. Todos no set de filmagem estão envolvidos com a história
de luta e dedicação de Irmã Dulce de uma forma tão intensa que é comovente.
Depois desse filme, nenhum de nós aqui será o mesmo - resume a produtora Iafa
Britz.
“Irmã Dulce” conta com a coprodução da Globo Filmes e Telecine e
distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes.
A produção
O longa
“Irmã Dulce” está em fase de fim de filmagens. São dezenas de locações criadas e
adaptadas a partir de ambientes reais; e produção e reconstituição de figurinos
de época que vestem centenas de figurantes. As cenas foram rodadas em locais
históricos de Salvador, como o Pelourinho e a Igreja de São Francisco. O filme
vai reproduzir com riqueza de detalhes momentos marcantes, como a visita dela ao
Terreiro de Mãe Menininha do Gantois e seu encontro com o Papa João Paulo II, em
1980, em Salvador. O lançamento está previsto para outubro deste ano, em
comemoração ao centenário de Irmã Dulce.
Sinopse
“Irmã Dulce”
conta a emocionante história da mulher que, indicada ao Nobel, chamada em vida
de “Anjo Bom da Bahia” e beatificada pela Igreja, nunca se importou com títulos.
A história de uma mulher cujo único objetivo era confortar os necessitados,
cuidar dos doentes, amparar os miseráveis – a qualquer custo, com a ajuda de
quem fosse. Capaz de atravessar Salvador de madrugada para dar colo a um menino
de rua ou de pedir verba a um político em pleno palanque, Irmã Dulce enfrentou
inimigos externos – o preconceito, o machismo, os dogmas - e um interno: uma
doença respiratória incurável. Passou por eles com obstinação, alegria, amor e
fé e construiu uma obra que, até hoje, só cresce, como cresce a devoção por ela.
O filme Irmã Dulce conta de forma verdadeira e emocionante a história de uma
mulher que reúne três das nossas qualidades definidoras como brasileiros: fé,
alegria e obstinação.
Elenco
Bianca Comparato / Regina Braga -
Irmã Dulce
Sophia Brachmans – Irmã Dulce Criança
Lisandro Oliveira
- João Criança
Amaurih Oliveira- João
Patrícia Oliveira / Zeca de
Abreu - Irmã Emília
Alice Assef – Dulcinha
Malu Valle - Madre
fausta
Caco Monteiro - Prefeito
Maria Salvadora - Mãe
menininha
Ícaro Vila Nova - Neco adolescente
Aicha Marques - Tia
madaleninha
Agnaldo Lopes - Dinael
Luiz Carlos Vasconcelos - Dom
Eugênio Salles
Participações especiais:
Irene Ravache - Madre
provincial
Fábio Lago - Neco
Atriz/Ator convidado
Glória
Pires - Mãe de Dulce
Gracindo Junior - Dr. Augusto
Zezé Polessa -
Dulcinha (irmã de Irmã Dulce)
Marcelo Flores – Arduino
Renato
Prieto - Repórter
Ficha técnica
Direção: Vicente
Amorim
Produtora: Iafa Britz
Diretor de Fotografia: Gustavo
Hadba
Direção de Arte: Daniel Flaksman
Figurino: Cristina
Kangussu
Roteiro: L.G. Bayão e Anna Muylaert
Produtor Associado –
Marcos Frota
Produtora Executiva: Camila Medina
Migdal
Filmes
A Migdal Filmes, de Iafa Britz, é responsável pelo maior sucesso
do ano passado: “Minha Mãe é uma Peça” com o humorista Paulo Gustavo, com cerca
de R$ 4,6 milhões de espectadores. São também da produtora o filme “Nosso Lar”,
que levou mais de quatro milhões de pessoas ao cinema; “Totalmente Inocentes”,
primeiro filme com lançamento 100% digital, que esteve entre as melhores
comédias no seu ano de estreia.
Os próximos lançamentos da produtora
incluem o documentário musical “Cássia”, sobre a cantora Cássia Eller, e o
longa-metragem “Casa Grande”, que teve roteiro selecionado para o Laboratório de
Sundance e concorreu ao principal prêmio do Festival Internacional de Cinema de
Rotterdam, o Tiger. No primeiro trimestre de 2014 a Migdal Filmes começa a
produzir a emblemática história do anjo bom da Bahia, “Irmã Dulce”, os filmes
“220 Volts”, com Paulo Gustavo e “Linda de Morrer”, com Rafael Infante (Porta
dos Fundos).
Para a televisão, a Migdal produziu para o Multishow o
sucesso de público “220 Volts” (quatro temporadas), “O Fantástico Mundo de
Gregório”, eleito um dos melhores programas de TV de 2012 pelo jornal O Globo.
As séries “De Volta Pra Pista” (Multishow), estrelada por Dani Valente; “As
Canalhas” (GNT), baseada na obra de Martha Mendonça; e a série de documentários
“Música.DOC” (VH1), ganham novas temporadas em 2014. E em abril, também no
Multishow, estreia o reality “Paulo Gustavo na Estrada”.